segunda-feira, 14 de março de 2016

O renovado Musée Picasso de Paris

Uma das coisas que mais gostei nesta última viagem à Paris, foi o fato de poder fazer os programas com tranquilidade. Como assim? Na primeira vez que fui à cidade, num mesmo dia, cheguei a ir em duas ou três exposições e isso é uma loucura. Não aconselho. O ideal é fazer apenas um desses programas por dia. Aproveitar ao máximo a exposição, passear com calma pelas salas e curtir. Tenho feito isso, cada vez mais.  Se não deu para ver tudo, paciência. 
No meu segundo dia na capital francesa, decidi visitar o renovado Musée Picasso. 
O Museu fica no 5, Rue Thorigny, no Marais e fui a pé, pois é pertinho do apartamento que alugo no bairro. E essa é só uma das vantagens de ficar hospedado aqui.
Gato pegando um pássaro - 1939
Estive no Musée Picasso em 2003, mas lembro que não vi muita coisa, pois marquei com um amigo, que chegou 1h30 antes de o museu fechar. Talvez até desse tempo, não fosse o fato desse amigo -  profundo conhecedor das obras do pintor - querer dar aula sobre cada quadro. Faltando 15 minutos para fechar eu não tinha passado da fase azul.

Autorretrato
Depois disso, voltei outras vezes à Paris, mas não consegui visitar e em 2009 o museu fechou para reformas, reabrindo em outubro de 2014. 

La Celestine - 1904
Esta visita foi muito feliz. Cheguei por volta das 10h00 e não havia fila. Depois dos atentados de novembro, a vigilância aumentou e muito. Passamos por detectores de metais, mochilas e bolsas devem ser abertas, assim como os casacos. Talvez, sob o impacto da vigilância nem registrei essa entrada e a bela mansão do século XVII.
Les deux frères - 1906
Foi um longo período fechado, 5 anos, mas valeu a espera. O Museu está tinindo e a exposição muito bem organizada, passeando pelas diversas fases da vida do pintor.
Pelo que percebi, a exposição dos quadros é temporária, o que vai permitir aos visitantes ter sempre algo novo para ver. Até março deste ano, fica em cartaz "Picasso, do atelier ao museu" e depois novas exposições com temas diferentes.
Guitarre et Bouteille de Bass - 1913
As fotografias, como vocês podem ver, são permitidas, desde que sem flash. E aí eu não sei se comemoro. O fato é que, algumas vezes, me toquei que estava fotografando demais. E aí voltava a me concentrar. Mas, há o barulho dos cliques de câmeras e smartphones. Tão simples silenciar. Sem contar flashes que disparam porque alguém "esqueceu". E nem vou comentar sobre visitantes que querem ter uma experiência pessoal com as obras. Isso é irritante.

Detalhes da mansão


Eu poderia colocar uma legenda: "antes e depois do casamento" para os quadros acima. Esta é Olga, que casou com o pintor em 1918. No início tudo eram flores, mas Picasso era terrível e cheio de amantes.

Aos poucos a fila começava a crescer...
Inspirado em "Déjeuner sur l'herbe" de Manet, Picasso também fez a sua versão em quadros distintos e igualmente bonitos, no seu estilo.

E cada vez que eu chegava na janela me assustava com o tamanho da fila... agradeci aos céus ter chegado às 10h00 e sem filas.
E de vez em quando, "sair" do museu e olhar pela janela faz bem... a paisagem é inspiradora
O último andar do museu é dedicado à intimidade do pintor. São momentos do artista, como na foto abaixo. 
Neste painel, ficamos sabendo que Picasso guardava tudo, desde um bilhete de metrô até notas fiscais de compras de materiais de construção.
Nem preciso dizer que a visita foi fantástica e que gostei muito. O Museu ficou melhor, está tudo muito bem organizado e nos dias de sol ainda há um bar no terraço para sentar e papear, embora haja muito protesto por conta dos moradores do bairro que não gostaram dessa ideia. Se você for á Paris, inclua esta visita ao seu  roteiro. Imperdível.

*****
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Um comentário:

  1. Excelente. Também gostei muito desse museu Aguardo o restante do relato. Adoro!!!

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